Diálogos com Dra. Vanessa Teixeira Müller: A doença de Alzheimer e possíveis tratamentos.

O que é Alzheimer?

Dra. Vanessa: O mal de Alzheimer é uma demência que causa redução de memória, confusão mental e prejuízo no comportamento. Existe uma atenção grande para ela porque é o tipo mais frequente de demência, ocorre em mais de 50% dos casos no mundo.

Doutora quais são os sintomas? Como a gente descobre que está com Alzheimer?

Dra. Vanessa: A maior parte dos casos ocorre após 65 anos, os sintomas podem ser confundidos com simples esquecimentos, mas com o passar do tempo vão ficando mais evidentes. Perder a memória é a principal característica dessa patologia. O paciente se esquece de nomes, para onde está indo ou de onde está vindo, ao ponto de não recordar de pessoas que já faleceram e perguntar frequentemente por elas. Como é uma doença degenerativa, tanto a perda de memória, como a confusão e a mudança no comportamento vão se agravando com o passar do tempo. Com o progresso da doença, é importante ter tratamentos associados e alguém que possa auxiliar em tarefas básicas do dia, como se alimentar e tomar banho.

Quais são os tratamentos para Alzheimer?

Dra. Vanessa: Em realidade, a ciência ainda busca a cura para o Alzheimer. Atualmente, existem medicamentos capazes de retardar sua progressão, assim como tratamentos não invasivos, como atividade física e Estimulação Magnética Transcraniana. Além disso, é essencial a presença de um cuidador, pois com o desenvolvimento da doença, ocorre um comprometimento das ações diárias e os familiares devem estar atentos a essas mudanças.

Como funcionam os tratamentos e os cuidados com pessoas já diagnosticadas com Alzheimer?

Dra. Vanessa: Algumas ações devem ser tomadas, além dos tratamentos, como passeios sociais, encontros familiares, reduzir opções de escolha para o paciente para reduzir o estresse dessas decisões, manter o ambiente com indicações da hora do dia e prática de exercícios. Essas ações têm efeitos positivos para redução de agressividade e agitação do paciente. Os tratamentos medicamentosos sempre foram o carro-chefe para reduzir a progressão da doença. Porém, recentemente, diversas pesquisas mostraram como Estimulação Magnética Transcraniana e a atividade física são essenciais para melhora do quadro do paciente. Em estudo recente, a estimulação cognitiva e física de camundongos transgênicos envelhecidos – similar ao início tardio do surgimento do mal de Alzheimer – protegeu o cérebro da deposição de placas senis e isso auxiliou na melhora da memória espacial dos animais. Além dessa pesquisa, surgiram diferentes achados nos últimos anos sobre o fato do Alzheimer ser mais intenso em pessoas com menos estímulos cognitivos, sociais e físicos durante suas vidas. Esses estímulos realizam mudanças funcionais e morfológicas no cérebro, ou seja, uma nova neuromodulação. Na UFRJ, descobriu-se que realizar exercícios físicos faz com que o cérebro tenha benefícios associados com um hormônio liberado pelo tecido muscular, chamado de irisina.

O que a irisina faz, especificamente?

Dra. Vanessa: A irisina é uma espécie de transmissora de mensagens químicas produzida no músculo, quando em prática física, ela não só auxilia na transformação de gordura ruim em gordura marrom – responsável por acelerar o metabolismo e aumentar a queima calórica pós-exercício – como também descobriu-se que esse hormônio melhora a memória. Isso para o tratamento do Alzheimer é essencial! O processo de envelhecimento é inevitável, todos nós estamos ou vamos passar por isso, e no caso de quem tem Alzheimer, o que diferencia um paciente de outro é o tratamento e os cuidados com o paciente.

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