Psiconeuroimunologia e a dor na alma que pode ser física

Angeline Jolie, ganhadora de um Oscar e outros diversos de prêmios pela atuação como atriz, é também ativista humanitária.  Após a separação de seu terceiro marido, Brad Pitt, Jolie sofreu de pânico e ansiedade – particularmente associados com a depressão.  Essas perturbações relacionam-se com a perda de peso de Jolie e algumas notícias indicaram que a atriz chegou a ser diagnosticada com anorexia e paranóia, aos 35 quilos e correu risco de morte. Jolie, já havia feito a remoção de ovários e trompas de maneira preventiva ao câncer – doença responsável pela morte de sua mãe e avó – mas como tudo isso está conectado? Existe forte relação entre o sistema nervoso e o sistema imune – área da medicina estudada pela psiconeuroimunologia.

O sistema imunológico e o cérebro interagem por vias de sinalização. O cérebro e o sistema imunológico são os dois principais sistemas adaptativos do ser humano. Duas vias essenciais estão envolvidas neste cross-talk – o eixo Hipotalâmico-hipofisário-adrenal e o sistema nervoso simpático, através do eixo simpático-adrenal-medular. A ativação do sistema nervoso simpático durante uma resposta imune se relaciona, principalmente, a localização de alguma resposta inflamatória que acontece no nosso corpo. Existe interação entre saúde física e mental, com destaque para o sistema nervoso e imune, organizado em órgão linfoides, vasos linfáticos, leucócitos circulantes e moléculas solúveis, o que inclui imunoglobulinas e citocinas. Em estado de depressão maior, por exemplo, é observada redução da proliferação de linfócitos, redução da atividade NK e redução de fagocitose. Em outras palavras, o organismo reduz a sua capacidade de defender-se.

Na Inglaterra, a avaliação de mais de 160 mil adultos na mostrou que os paciente que mostravam transtornos psicológicos eram mais propensos a desenvolver câncer de cólon, próstata e pâncreas. Apesar da forte relação, a psiconeuroimunologia não vincula a doença com os transtornos em relação de causa-efeito. O interesse central dessa área é fazer como Angeline Jolie fez, prevenir e tratar a doença, seja física ou mental – pois uma pode interferir no aparecimento da outra. Já que pacientes com câncer também têm cerca de 25% de chance de desenvolver depressão. Isso acontece no momento do diagnóstico por medo, ansiedade e expectativas sobre o que irá acontecer no futuro, mas a depressão também pode aparecer em alguns pacientes durante e após o tratamento. Por sua vez, pacientes que já tiveram depressão antes da descoberta do câncer mostram mais chance de apresentar crises depressivas.

A importância dessa associação entre depressão e comorbidades clínicas, como o câncer, indica a necessidade de se analisar as razões para o subdiagnóstico e subtratamento da depressão com medicamentos, terapia psicológica e/ou estimulação magnética transcraniana. A boa  regulação do sono e da alimentação são importantes. O apoio familiar também é papel importante para identificação e tratamento da depressão, assim como de outros transtornos mentais. A procura por ajuda médica especializada é essencial, pois um quadro clínico de depressão pode afetar as chances de sobrevida e, até mesmo, ajudam o paciente na redução de efeitos colaterais do tratamento de doenças, como o câncer.

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