Transtornos mentais e suicídio em jovens: ansiedade, frustração e insegurança

A quantidade de tentativa de suicídio entre jovens aumentou em cerca de 70% desde os anos 2000. Diversos casos ficaram conhecidos nos últimos meses, pois se tratavam de jovens estudantes prestes a prestar vestibular de colégios privados da elite paulistana. No mesmo período em que ocorreram os suicídios, os colégios estavam em período de provas. Outros casos de tentativas de suicídios ficaram registrados frente à frustração de não conseguir entrar em cursos de graduação com grande procura, como medicina e engenharia. Mesmo durante o período universitário a frustração e a insegurança dos jovens, associadas com estresse e pressão para obter boas notas aumentam a quantidade de ansiedade e demais transtornos mentais, como bipolaridade, com tentativas de autoagressão e depressão. Nessa fase da vida, os jovens são mais suscetíveis à transtornos mentais pela elevada expectativa em relação ao futuro desejado. Alguns sofrimentos psíquicos não chegam a ser classificados como transtornos mentais. Porém, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) cerca de 97% dos casos de suicídio estão associados com transtornos mentais, os quais muitas vezes não são tratados, tais como depressão, em cerca de 40%, bipolaridade com uso de psicoativos, em cerca de 25% dos casos, e esquizofrenia ou ansiedade, em cerca de 10% dos casos. A Organização Mundial da Saúde indica que quase 1 milhão de pessoas realizam suicídio por ano e que 90% dos casos poderiam ser evitados com tratamentos adequados para ansiedade, depressão, bipolaridade, entre outros transtornos.

Merece destaque o aumento da quantidade de suicídios associados com o uso de drogas e álcool, além de substâncias psicoativas entre jovens. Essas substâncias elevaram abruptamente os casos psiquiátricos entre jovens, que muitas vezes realizam supressão de sono, aumentando pressão arterial e problemas cardíacos  – tudo isso associado à preocupação com resultados e desempenho em tarefas cotidianas. No Brasil, depois da violência urbana, o suicídio é o fator que mais mata entre pessoas na faixa de idade entre 15 e 30 anos. Para cada suicídio ocorrem 20 tentativas e essa estimativa merece uma reflexão social, nós estamos realmente preocupados com nossos jovens?

Uma das maiores necessidades de tratamentos entre jovens é realizar a prevenção aos fatores associados com suicídio, porém a saúde mental ainda é estigmatizada e pouco entendida na sociedade. O desinteresse ou a falta de conhecimento sobre transtornos mentais é uma das coisas que mais mata jovens atualmente no país e pouco se discute sobre isso. Ao invés disso, ainda existe a exclusão social de pessoas com transtorno mentais, tidas como fracassadas ou socialmente distintas. Porém, um em cada três jovens mostram sofrimentos psíquicos comuns, caracterizados por tristeza frequente, dificuldade de concentração ou para dormir, falta de motivação para tarefas corriqueiras. Esses entre outros sintomas que podem evoluir para distúrbios preocupantes precisam ser trabalhados em sistema de prevenção de óbitos por suicídio, assim como para reduzir a possibilidade do desenvolvimento de transtornos mentais ao longo da vida. Para profissionais da saúde, a família, assim como profissionais envolvidos com tais jovens necessitam encaminhá-los para orientações e até mesmo tratamentos médicos que possam auxiliá-los da melhor maneira possível.

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