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O medo de ser internado chegou ao ápice nas vésperas da Revolução Francesa. Bastava a família ficar brava com alguém ou o vizinho decidir aumentar a própria propriedade para acusar a pessoa como louca. Protestos de internos indicados como mentalmente saudáveis inconformados em viver com aqueles com transtorno mental grave pipocavam. Junto ao advento da Revolução Francesa veio a Revolução Psiquiátrica. Foi em 1793, que o médico Philippe Pinel transformou a loucura de uma questão de ordem social para uma doença que pode ser controlada ou curada. O tratamento de Pinel se pautava em observar constantemente o comportamento do interno. Qualquer desvio deveria ser imediatamente comunicado, e punido. Era quase um método comportamental. Depois de um tempo, muitos pacientes de fato mudavam os próprios comportamentos. Desse modo, nasceu uma ciência preocupada em pesquisar sobre a cognição, o comportamento e as emoções. Na Alemanha, Wilhelm Wundt criava o primeiro laboratório de psicologia, enquanto os americanos também realizavam pesquisa na Saúde Mental. Contudo, a próxima grande virada foi em 1886, quando Sigmund Freud desenvolveu a psicanálise. Em 1900, houve um marco do trabalho de Freud, quando publicou a Obra “Interpretação dos Sonhos”, na qual analisa distúrbios de personalidade com base na sexualidade vivida durante a infância. Mas, tudo isso virou uma mistura: psiquiatria, psicologia e psicanálise se intercambiavam para tratar transtornos ainda poucos conhecidos. E a maior vítima continuava sendo a pessoa tratada como “louca”, que se por um lado podia ser tratada, passou a ser vista sob o estigma da doença. Ainda hoje, no século XXI, estereótipos em transtorno mental precisam ser desmistificados, há necessidade de campanhas e esclarecimentos sobre os tipos específicos de transtornos mentais indicados pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5 e dos inúmeros tratamentos possíveis. Enquanto há neurônios, há esperança! #historiadapsiquiatria#historiadapsicologia#psicoterapia#estimulacaomagneticatranscraniana #depressao#ansiedade#cerebro#psiquiatria#saudemental