Por que a automedicação pode piorar a sua dor de cabeça

Ao primeiro sinal de dor você prefere apelar para sua farmácia pessoal a consultar um médico? Pois, atenção! O hábito da automedicação pode ter consequências graves, principalmente para quem sofre com dores de cabeça. Isso porque, quando usados de forma excessiva, os analgésicos podem intensificar as dores, tornando diários episódios eventuais.

No caso da enxaqueca, por exemplo, é muito comum que pacientes que façam o uso excessivo de remédios por conta própria – mais de duas vezes na semana – apresentem cefaleia crônica todos os dias, com aumento da intensidade e da frequência das dores. E preocupa o número de adeptos da prática. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo mundo, cerca de 50% das pessoas que têm dor de cabeça se automedicam, enquanto apenas 10% procuram um neurologista para tratar o problema.

A alta incidência ainda se torna uma questão de saúde pública diante de um levantamento do Ministério da Saúde: nos últimos cinco anos foram registrados no Brasil quase 60 mil casos de internações por automedicação. Remédios são adquiridos livremente em farmácias e, na maioria das vezes, suas contraindicações são desconhecidas. Exemplo disso é o paracetamol, analgésico usado de forma indiscriminada para alívio das dores de cabeça, mas que pode ocasionar problemas sérios ao fígado.

Por isso, se a atitude de se automedicar faz parte da sua rotina, cuidado. Procure um médico para o diagnóstico correto do problema e indicação do tratamento mais adequado para o seu caso!

Conheça a técnica de estimulação magnética transcraniana

Você sabia que existe uma opção de tratamento segura e eficaz para paciente com dores de cabeça que não respondem mais à terapia por medicamentos? É a técnica de estimulação magnética transcraniana (EMT).

Estudos recentes mostram que a estimulação magnética tem uma eficácia comparável a dos tratamentos medicamentosos, e até superior a eles em alguns casos, com pelo menos 70% dos pacientes com bons resultados após as sessões de EMT. O método estimula determinadas partes do cérebro por meio da variação de um campo magnético, modificando e equilibrando atividades cerebrais. É um procedimento não invasivo, indolor e seguro, que pode ser realizado no próprio consultório médico, com poucos efeitos colaterais.

No Brasil, a técnica é liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2006 e recomendada pelo Conselho Federal de Medicina para o tratamento de depressão e esquizofrenia desde 2012. No entanto, sua utilidade terapêutica para outros distúrbios neurológicos e psiquiátricos já vem sendo apontada em diversos artigos e pesquisas.

Indicações e contraindicações da EMT

– É um método indolor e não invasivo, por isso pode ser realizado no próprio consultório, sem necessidade de anestesia ou internação.

– É reservada para casos em que a medicação não surte efeito ou que o uso dos medicamentos provoca grande efeito colateral.

– Quase ausência de efeitos colaterais. Extremamente segura, não traz danos colaterais a órgãos, como medicamentos podem causar.

– Pessoas com dispositivos eletrônicos ou metálicos na cabeça, principalmente implante coclear, não devem fazer as sessões. O campo magnético pode de alguma forma interferir no funcionamento do aparelho.

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