Transtorno de Personalidade Borderline em Guerra nas Estrelas

Guerra nas estrelas e Skywalker: o Borderline na procura pelo tratamento antes de um suicídio

Em uma galáxia demasiadamente distante, Skywalker, o herói-vilão de Guerra nas Estrelas, caracterizado por ser bordeline pela revista Psychiatry Research, foi responsável por acabar com os Siths, o que mexeu com impérios e repúblicas de diversos planetas. O Transtorno de Personalidade Borderline ou Limítrofe, mostra sintomas entre as psicoses e neuroses que trazem muita dor e sofrimento para quem o tem. Como , ora a pessoa adora, ora detesta, ora está em desespero e raivoso, assim como de repente está muito satisfeito. Quem tem transtorno borderline exige muita atenção e pode ter uma sensação crônica de vazio, com tédio e vontade de morrer. Isso pode ser exaustivo para familiares, amigos e colegas de trabalho. Nem mesmo, os cavalheiros “Jedis” podem auxiliar com a Força, ou seja, a energia existente em todas as coisas vivas. Como Skywalker, desde menino, já apresentava impulsos descontrolados e dificuldade em controlar a agressividade, com grandes sentimentos de depreciação e idealização. Quando em situação de ameaça ou estresse extremo, como depois da morte da sua mãe, Skywalker simplesmente exterminou toda tribo de Tuskans, na saga Guerra nas Estrelas.

Na vida real, muitas vezes esse transtorno não é diagnosticado ou possui diagnóstico tardio e até mesmo confundido com transtorno bipolar. A pessoa borderline, normalmente, tem medo extremo de ser trocado(a) em um relacionamento com ciúme extremo. Faz exercício de forma compulsiva para ficar em forma e tratamentos de beleza, como plásticas e dietas rigorosas. O sentimento de rejeição é extremo, particularmente, associado com críticas e opiniões negativas sobre a a aparência. Em episódios de ciúme, sentimento de rejeição e agressividade, a pessoa ameaça se matar e as brigas acontecem de maneira desproporcional. Dessa forma, conseguimos compreender que a crise de identidade também é uma das marcas do borderline, assim como Skywalker, ao longo da vida, a pessoa pode migrar para as forças do mal e virar Darth Vader e, dessa forma, mostra um perfil associado com o vilão das galáxias e, ao trocar as trevas pela luz, decide morrer como uma pessoa boa.

O transtorno borderline é muito frequente na sociedade, cerca de 2% da população o apresenta e, infelizmente, em 10% dos casos ocorre o suicídio. Esse mês é preventivo à tentativa de suicídio e, no caso de pessoas com transtorno limítrofe, sabe-se que há redução de regulação da resposta ao estresse e emoções em algumas regiões do cérebro, o que afeta o hipocampo, a região da amígdala, o córtex orbitofrontal e diversas outras áreas. Por exemplo, o hipocampo se torna menor em pessoas borderlines, assim como a região da amígdala, porém mais ativas o que traz um sinal negativo das emoções vividas ao longo do dia. Em contra-partida, a região do córtex pré-frontal tende a ser menos ativa, particularmente, quando relembram memórias de abandono – essa inatividade ocorre nas áreas de Broadmann o que reduz o controle da excitação emocional e a relativa inatividade no córtex pré-frontal. Isso explica a dificuldade dos indivíduos com esse transtorno em regular as respostas ao estresse, com destaque ao emocional. Além disso, o eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal tem elevada liberação de cortisol, hormônio associado ao estresse que aumenta a irritabilidade e a agressividade do paciente.

Mas, como tratar esse transtorno?

Os pacientes borderlines devem procurar terapeutas e neurologistas ou psiquiatras que realizarão tratamento com medicamentos e com tratamentos não invasivos. Por exemplo, desde o início dos anos 2000, a estimulação magnética transcraniana mostra eficácia em todas as pesquisas em que foi utilizada como intervenção em pessoas com transtorno borderline. Nos trabalhos acadêmicos, os pacientes normalmente são submetidos entre 15 e 30 sessões com frequência semanal de 3 x, dependendo do caso. No final dessas intervenções com estimulação, cerca de 75% dos indivíduos submetidos ao tratamento não necessitavam mais da medicação psiquiátrica e, em muitas pesquisas, todos os indivíduos mostraram estar livres dos psicotrópicos.

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