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Envelhecimento Cerebral no Transtorno Depressivo Maior (Han et al., 2019). VTM Neurodiagnóstico: Tratamentos e Diagnósticos em Saúde Mental e Neurologia.

Transtorno Depressivo Maior Envelhece o Cérebro

O Transtorno Depressivo Maior está associado a um risco aumentado de declínio cognitivo. Isso ocorre porque o cérebro tem atrofia associada com o envelhecimento e que pode ser potencializada por doenças. Porém, enquanto o envelhecimento normal está associado com perda de massa cinzenta, evidências crescentes sugerem que distúrbios neuropsiquiátricos, como a depressão podem ter um efeito acelerador na atrofia cerebral relacionada à idade. Simultaneamente, ao aumento do envelhecimento da população e de quadros depressivos, a perda funcional e a redução de qualidade de vida podem ser aumentadas se o tratamento for negligênciado.

Associações entre a idade prevista do cérebro e a idade cronológica dos participantes de um estudo de Han e colaboradores (2019) mostraram que pessoas saudáveis tem o efeito do envelhecimento cerebral condizente com a idade, tanto em homens, quando em mulheres. Enquanto participantes do estudo com idade cronológica similar, em ambos os sexos, mas que apresentavam Transtorno Depressivo Maior mostraram redução da área da superfície cortical e subcortical do Sistema Nervoso Central. Veja a figura 1 com os modelos dos cérebros em 3D. Essa figura mostra tais associações negativas entre a Depressão em a espessura cortical (superior), áreas da superfície cortical (meio) e dos volumes subcorticais (inferior). A figura 2 mostra a correlação entre a idade cronológica e o envelhecimento do cérebro previsto para idade. A linha vermelha é a predição correta, enquanto a linha azul é do cérebro saudável a verde é do cérebro com Transtorno Depressivo Maior.

Associação entre Depressão Maior e a Idade Cronológica em Homens e Mulheres (adaptado de Han et al., 2019). VTM Neurodiagnóstico: Tratamentos e Diagnósticos em Neurologia e Saúde Mental.

Diagnóstico do Transtorno Depressivo Maior

Segundo o Manual MSD para diagnosticar a depressão maior, pelo menos 5 dos fatores abaixo devem estar presentes por mais de 2 semanas:

  • Humor deprimido durante a maior parte do tempo
  • Reduçào do interesse em quase todas as atividades
  • Alteração do apetite
  • Insônia ou hipersonia
  • Agitação ou atraso psicomotor
  • Fadiga e perda de energia
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa
  • Capacidade diminuída de concentrar-se
  • Pensamentos recorrentes, tentativa ou plano de suicídio

Tratamentos da Depressão Maior

Psicoterapia– a psicoterapia é utilizada para modificar pensamentos, comportamentos e emoções relacionadas com a doenças e com o bem-estar do paciente

Acupuntura – É uma técnica no qual finas agulhas são inseridas no corpo do paciente em “Pontos de Acupuntura” ou “Acupontos” – que se distribuem principalmente sobre linhas chamadas “meridianos” – associa-se com a redução de dor e fadiga.

Medicamento – A farmacologia utilizada dependerá do paciente e das estratégias utilizadas pelo médico. Em casos de depressão resistente, sugere-se a análise genética da interação com o medicamento, chamada de farmacogenética.

Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) – a EMTr consiste na aplicação de estímulos magnéticos em intervalos regulares no couro-cabeludo do paciente, atingindo regiões profundas do cérebro. Esssa estimulação magnética possui capacidade para bloquear ou facilitar as estruturas corticais, dependendo da área de aplicação e da intensidade dos estímulos, e mostra excelentes resultados para Depressão Maior, assim como melhora da cognição.

Cetamina – Esse medicamento pode ser utilizado como estratégia médica off-label em doses subanestésicas para efeitos antidepressivos.