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Mal de Alzheimer: como reduzir o agravamento da doença. VTM Neurodiagnóstico - Tratamentos e Diagnósticos em Neurologia e Saúde Mental.

Mal de Alzheimer: Como reduzir o agravamento da doença.

A Doença de Alzheimer é a causa mais frequente de demência, responsável por mais de 50% dos casos na faixa etária igual ou superior a 65 anos.
A doença se caracteriza por processos degenerativos que acometem inicialmente a formação hipocampal do cérebro, com posterior comprometimento de áreas corticais associativas e relativa preservação dos córtices primários. Essa distribuição do processo patológico faz com que o quadro clínico do Alzheimer seja caracterizado por alterações cognitivas e comportamentais, com preservação do funcionamento motor e sensorial até as fases mais avançadas da doença.

Quais são os sintomas da doença de Alzheimer?

O primeiro sintoma do Mal de Alzheimer é usualmente o declínio da memória, sobretudo para fatos recentes, chamados de memória episódica, e desorientação espaço-temporal, aspectos cognitivos em grande parte dependentes da formação hipocampal. Esses sintomas se instalam de forma insidiosa, com piora progressiva, embora períodos de relativa estabilidade clínica possam ocorrer. Alterações de linguagem, especialmente anomia, distúrbios de planejamento associado com as funções executivas e de habilidades visuais e espaciais ocorrem com a evolução do quadro clínico. Na faixa pré-senil, anterior aos 65 anos, os distúrbios de linguagem podem ser a manifestação predominante do processo demencial, enquanto sintomatologia psicótica, como delírios, sobretudo de caráter persecutório, e alucinações podem ocorrem em pacientes com mais idade.

Como ocorre o diagnóstico do Mal de Alzheimer?


O diagnóstico da Doença de Alzheimer se baseia na observação de quadro clínico compatível e na exclusão de outras causas de demência por meio de exames laboratoriais e de neuro-imagem estrutural. A tomografia computadorizada e, particularmente, a ressonância magnética revelam atrofia da formação do hipocampo e do córtex cerebral, de distribuição difusa ou de predomínio em regiões posteriores. Esses pacientes preenchem os critérios diagnósticos da denominada DA provável. Outra possibilidade é o diagnóstico de Alzheimer possível, em que os pacientes apresentam variações na forma de apresentação ou evolução clínica e também nos casos em que outras condições passíveis de produzir demência estejam presentes, porém sem serem consideradas, com base em juízo e experiência clínica, responsáveis pelo quadro demencial. O diagnóstico definitivo só é possível por exame anatomopatológico.
A acurácia diagnóstica quando da presença de perfil clínico característico e de exames complementares normais ou inespecíficos (quadro compatível com DA provável), segundo os estudos com confirmação anatomopatológica, é de, em média, 81%, taxa que se eleva com o seguimento dos pacientes.

Como reduzir a progressão da doença de Alzheimer?

O Alzheimer não tem cura, porém mudança de hábitos diários e programa de tratamento multiprofissional podem auxiliar na redução da progressão dessa patologia. Veja algumas dicas:

  1. Estimule a cognição: Estude instrumentos musicais, línguas, leia livros, realize atividades que necessitam deixar a mente ativa
  2. Faça exercícios de matemática e física.
  3. Participe de jogos, sejam em tabuleiros ou vídeo-games.
  4. Se envolva em atividades sociabilizadoras, converse.
  5. Tenha hábitos saudáveis, corte tabaco, reduza a bebida alcoólica e melhore a alimentação – coma verduras escuras e frutas vermelhas.
  6. É essencial realizar atividade física diária para liberação de substâncias que auxiliam na manutenção da memória, como a irisina.
  7. Faça tratamento medicamentoso com neurologista, se possível realize Estimulação Magnética Transcraniana ou Estimulação por Corrente Contínua com fisioterapia. Isso auxilia na neuromodulação.
  8. Psicoterapia é essencial para melhora do estado de humor.
  9. Fonoaudiologia para aqueles que já mostram algum problema de linguagem.

O cuidado com o paciente com Alzheimer é essencial para tentar reduzir o agravamento da doença.

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Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462002000500003&script=sci_arttext