Conheça os mais diferentes e inusitados tipos de cefaleia

Quem nunca sofreu com aquela incômoda dor de cabeça? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as dores de cabeça, incluindo enxaquecas e tensões, afetam até 75% dos adultos entre 18 e 65 anos. Desse total, cerca de 50% deles se automedicam, enquanto apenas 10% procuram por um neurologista especializado para tratar o problema.

Os números chamam ainda mais atenção ao lembrarmos que existem mais ou menos 200 tipos de dores de cabeça e que, muitas vezes, os fatores de gatilho que podem começar uma crise, além de diferentes e inusitados, são desconhecidos da maioria das vítimas, que não chegarão a ter um diagnóstico do problema durante toda a vida.

Quer conhecer algumas razões curiosas para as crises de dores de cabeça? Confira a lista abaixo e saiba como prevenir os seus principais fatores de risco!

Cefaleia do orgasmo

Não se trata de desculpa. Há pessoas que durante as relações sexuais realmente sentem uma forte dor de cabeça antes ou no momento do orgasmo. Parece inusitado, mas o pesadelo atinge três vezes mais os homens do que as mulheres, além de ser mais comum entre os 20 e 25 anos. Por ainda ser um assunto tabu para muitos, a doença é pouco conhecida e tratada. Seja por vergonha ou por achar que o problema não tem cura, muitos pacientes sofrem anos em silêncio e passam até a evitar a vida sexual, tal a intensidade da dor.

Caso a pessoa interrompa a atividade sexual a tempo, a dor pode desaparecer em poucos minutos. No entanto, se o orgasmo for atingido, a sensação desagradável pode durar por até 48 horas. Nesse caso, a indicação é buscar um médico para solução e alívio rápido do problema.

Cefaleia dos óculos de natação

Muitos esportistas sentem uma incômoda dor de cabeça ao usar viseiras, bonés, óculos escuros ou óculos de natação. Trata-se da dor de cabeça por compressão externa, comum aos adeptos dos acessórios de cabeça, inclusive as mulheres, quando usam tiaras, arcos, presilhas ou rabos de cavalo.

A dor por compressão externa é provocada pela pressão de ramos cutâneos por quaisquer adereços que apertem a cabeça. A melhor maneira de evitá-la é parar de usar ou procurar acessórios mais largos e melhor adaptáveis. Se isso não for possível, é importante pelo menos retirá-los de tempos em tempos, dando um intervalo de 15 minutos a cada 45 minutos, por exemplo.

Cefaleia do avião

Como se não bastasse o medo de voar, alguns viajantes ainda têm uma preocupação a mais: fortes crises de dor de cabeça. Geralmente acompanhada do sentimento de pressão em um dos lados do crânio, a “dor de cabeça do avião” é resultado da variação da pressurização na cabine e pode atingir até mesmo quem nunca apresentou sinais de cefaleia antes.

O resultado dessas alterações é uma dor de cabeça pulsátil e intensa, que piora na decolagem e no pouso, muitas vezes acompanhada pela sensação de entupimento nos ouvidos, na testa e nas maçãs do rosto. Felizmente, deixar de voar não é a única solução para quem sofre com o problema. O uso de drogas vasoconstrictoras e antialérgicas pode ser uma opção de tratamento rápida e eficiente.

Cefaleia do final de semana

Esse tipo de dor ocorre em pacientes que ingerem várias xícaras de café – ou outras bebidas à base de cafeína – durante a semana de trabalho e reduzem a quantidade nos finais de semana. De acordo com a Sociedade Internacional de Cefaleia, é classificada como uma das dores de cabeça induzidas pela retirada de substâncias usadas cronicamente.

Embora a dor incomode bastante, não chega a incapacitar o paciente para atividades diárias. Para evitá-la, o recomendado é restringir a ingestão de café durante a semana, impedindo uma súbita abstinência nos dias de folga. Com a melhora, o consumo em pequenas quantidades pode voltar a ser liberado.

Cefaleia do restaurante japonês

O glutamato monossódico, presente na composição do molho shoyu e muito usado na culinária oriental, pode provocar dores de cabeça, pescoço e ao redor dos olhos, além de sudorese, ondas de calor e sensações de aperto e queimação no peito. Embora seja liberado pela Anvisa, pode ser classificado como uma excito-toxina, ou seja, uma substância que estimula as células a ponto de danificá-las ou matá-las. Por exemplo, quando associado ao glutamato, principal neurotransmissor estimulante do cérebro, o glutamato monossódico pode se tornar particularmente perigoso.

Para quem sofre com dores de cabeça provocadas pela substância, é sempre importante se atentar aos rótulos durante as compras. Hoje, já existem no mercado diversos produtos disponíveis, livres do glutamato monossódico na composição.

Cefaleia do sorvete

Sentir a cabeça “gelar” ao tomar um sorvete em pleno verão é uma experiência bastante desagradável – e mais comum do que se pensa, principalmente quando já se sofre com enxaqueca. A chamada “dor de cabeça do sorvete” é relacionada a uma súbita e intensa contração, seguida da dilatação dos vasos sanguíneos no interior da cabeça, quando uma substância gelada toca o céu da boca.

Não há consequências mais sérias, nem um tratamento específico, já que a duração da dor é bastante efêmera, de aproximadamente 10 minutos. Mas uma forma simples de evitá-la é ingerir o alimento ou líquido gelado de forma lenta e em pequenas quantidades.

 

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