Atualmente, o déficit de atenção (TDAH) tem sido alvo de muitas discussões polêmicas sobre diagnóstico e tratamento. Na verdade, TDAH é uma condição mais frequente na infância e acomete aproximadamente 5% das crianças e, cerca de 75% continuam com o diagnóstico na fase adulta. Esse transtorno pode apresentar comorbidade com ansiedade, compulsão, tendência ao uso de álcool e drogas. Porém, como os sintomas são desatenção, hiperatividade e impulsividade, não é fácil diagnosticar pessoas que apresentam TDAH.
Especialmente no Brasil, grande parte das pessoas com esse transtorno não sabem que podem ter auxílio com tratamentos desde medicamentosos até terapias não invasivas. Por isso, criam estratégias mentais para reduzir o efeito do TDAH que são bem distintas de acordo com a personalidade, história e estímulos propiciados durante a vida. Um tipo de estratégia frequente é desenvolver perfeccionismo, segundo Petersen, em um artigo do site Psych Central, existem indivíduos que realizam um comportamento compensatório do TDAH com obsessão por planejar tudo de maneira precisa e minuciosa. Por exemplo, chegam adiantados para encontros, utilizam agenda com grande frequência, lista de tarefas e criam padrões e métodos para quase tudo. Isso traz como comorbidade a ansiedade em tarefas associadas com o trabalho por medo de perder o controle.
Por outro lado, existem pessoas com déficit que simplesmente aceitam as coisas como são, não se planejam e deixam as coisas acontecer naturalmente em meio à um pensamento confuso e desordenado. Há aquele que se torna minimalista, tem a consciência de que tentativas de organizar as coisas são verdadeiros “monstros”. Por isso, simplificam ao máximo o que existe para fazer, para que não necessitem se organizar na medida que tudo é naturalmente objetivo.
Por fim, um dos principais tipos de estratégias também incorre no ato de procurar situações adrenérgicas. Temos grande procura de pacientes com TDAH para reduzir o transtorno e a ansiedade que aumentam o déficit em ambientes sem desafios. Pela falta de estímulo e desafio ambiental, essa pessoa se torna suscetível à distração – o que faz o paciente buscar diferentes estímulos (esportes de aventura, jogos, rally de automóveis, entre outros) para aumentar a adrenalina, já que ela auxilia no aumento da concentração.
Obviamente, não são todos os pacientes que se enquadram nesses perfis e muitos oscilam de um para o outro. Se você tem ou conhece alguém que apresenta TDAH, qual é seu perfil?