Ludwig Van Beethoven entre os transtornos e a paixão pela música
Suspeita-se que um dos maiores compositores da história da humanidade, Beethoven tivera depressão maior ou sofria de transtorno bipolar – desafios que o levaram a ter tendências suicidas e dependência de álcool e outras substâncias. A música desse compositor é conhecida pela intensidade, vitalidade e brilhantismo. Contrariamente, Ludwig mostrou ao longo da vida diversos períodos de sofrimento, reclusão e depressão maior.
Por outro lado, o famoso Pam-pam-pam-pam da 5a sinfonia de Beethoven hoje auxilia na cura de tumores. Segundo a pesquisa desenvolvida na UFRJ, 1 em cada 5 células desapareceu e as sobreviventes diminuíram de tamanho, quando pacientes do Programa de Oncobiologia utilizavam-na como musico terapia. Sabe-se que a música exerce grande influência sobre as células do corpo, infelizmente, no final da vida, pela perda da audição, Beethoven escrevia para se comunicar. Isso gerou uma coletânea grandiosa de cartas e livros utilizados até hoje para estudar o caso.
Vejam essas passagens de cartas de Beethoven:
“Há quase 2 anos me afastei de todas as atividades sociais, principalmente porque me é impossível dizer para as pessoas : Sou surdo! (…) Para meus amigos e para aqueles que pensavam que eu era anti-social, distraído e ermitão, me julgaram mal. Vocês não conheceram a causa secreta disso tudo. (…) Nascido com um temperamento ardente e ativo e sensível às atrações da sociedade, tive que bem cedo me isolar e transcorrer a vida em solidão.”
“Quase coloquei fim à minha vida algumas vezes. Foi a música que me entreteve. Me parecia impossível abandonar este mundo antes de criar todas as óperas que sentia imperiosa necessidade de compor. Esta foi minha vida, angustiosa.”
Esse ilustre compositor faleceu de cirrose hepática, consequente do alcoolismo. Não é preciso ser um grande compositor para sofrer de depressão e dependências associadas. A Organização Mundial de Saúde estimou cerca de 210 milhões de pessoas dependentes de álcool no mundo, cerca de 4% da população. Estima-se que 6% das mortes estejam associadas com o consumo de bebida alcoólica, entre abuso e dependência.
Diferente do caso de Bethooven, nos tempos atuais, a depressão e a dependência alcoólica podem ser tratadas de maneira não invasiva por estimulação magnética transcraniana repetitiva, psicoterapia e ou medicamentos que auxiliam na redução da dependência e da depressão.