Quem já ouviu falar do Kodi Lee, um dos vencedores do programa de TV, American Got Talent? Este garoto com apenas 22 anos surpreendeu todos os jurados e o mundo com seu talento de cantar e tocar piano. O que mais encantou a todos, além do seu dom musical, é o fato dele ser cego e possuir o Transtorno do Espectro Autista (TEA), e, mesmo com suas limitações, mostrou ser um exemplo de superação.
Será que meu filho(a) tem Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
Em primeiro lugar, é importante entendermos que há graus variados de Espectro do Autismo, afetando de formas diferentes o funcionamento do indivíduo. Isso quer dizer que, os sintomas do TEA podem se manifestar de forma mais leve ou grave. Em qualquer um dos casos, é necessário haver apoio familiar e de amigos em geral. Porém, como explicar o caso de Kodi Lee? Um dos sintomas do TEA é o hiperfoco em determinados interesses fixos. A partir disso, a pessoa começa a se interessar em excesso por uma certa área ou assunto, consequentemente, há o aoumento de conhecimento e habilidade – no caso de Lee, resultou em um talento. Uma vez identificada essa habilidade, isso pode ser estimulado de forma correta e equilibrada. Isso explica o fato de vermos diversas pessoas com TEA dotadas de muita inteligência ou habilidades em alguma área, como o caso de Kodi que é um excelente músico.
Tratamentos para o Espectro do Autismo
Quando pensamos em TEA, é necessário avaliar os casos pelo grau de funcionalidade do paciente. Em geral, os tratamentos buscam estimular a aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades sociais e comunicativas, a resolução de problemas e também pode ser feito um trabalho com a família da pessoa com TEA, para ajudar no reajuste da rotina e no enfrentamento do dia a dia. Isso pode ser feito com atuação interdisciplinar e multiprofissional, através do trabalho combinado entre neurologista, psiquiatra, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicopedagogo. O objetivo é fazer o paciente superar suas limitações, adaptando-o ao seu contexto e promovendo a sua inclusão. Existem diversos tratamentos que podem auxiliar os casos de TEA, mas vamos destacar o Neurofeedback, que mostra excelentes resultados.
O que é o neurofeedback?
É uma forma de tratamento que visa medir e controlar as atividades do cérebro, melhorando seu funcionamento. Um método utilizado e bastante conhecido, por exemplo, é o Eletroencefalograma (EEG), no qual é colocado na cabeça do paciente, diversos sensores, buscando monitorar o funcionamento do cérebro.
Como o neurofeedback funciona?
Ele faz um monitoramento cerebral, visualizando as descargas elétricas promovidas pelo cérebro. Dessa forma, consegue detectar padrões de ondas cerebrais e, a partir disso, intensificá-las ou reduzi-las, buscando a uniformidade das atividades. Essa atividade cerebral pode ser vista pelo equipamento, por meio de uma tela e em tempo real. Logo, o neurofeeback tem o intuito de estimular a atividade cognitiva do cérebro, amenizando déficits e potencializando habilidades. São realizadas algumas sessões, com a duração de 20 a 30 minutos e, deve-se destacar que o neurofeedback atua nos sintomas e não na origem do problema.
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