Aspectos neuropsicológicos da demência no idoso

Por que devemos nos preocupar com aspectos neuropsicológicos em idosos?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece a idade de 65 anos como sendo o início da senescência. Proporcionalmente, a faixa etária de 60 anos ou mais é a que mais cresce em números absolutos no mundo. Há uma crescente preocupação dos profissionais da área da saúde com a qualidade de vida de seus pacientes. O envelhecimento revela mudanças neuropsicológicas, especialmente, como déficits cognitivos, alterações na memória, na velocidade de raciocínio, no sono, manifestação de episódios de confusão, além de distúrbios psicológicos e alterações nas atividades da vida diária, que podem se relacionar com sintomas demenciais.

O que modifica na estrutura cerebral com o aumento da idade?

No caso do cérebro, ocorrem modificações morfológicas. O cérebro do indivíduo com mais de 65 anos é menor e tem menos peso do que quando essa mesma pessoa era jovem. Alguns giros são mais finos e separados por sulcos mais profundos e abertos, resultando menor espessura das regiões corticais. Nota-se diminuição do número de neurônios e sinapses, além da existência de sintomas psicológicos e físicos como os lapsos de memória, menor velocidade de raciocínio, episódios passageiros de confusão, tremor, dificuldade de locomoção, insônia noturna com sonolência diurna e falta de equilíbrio.

O que é demência? Como podemos reconhecê-la?

As definições amplamente aceitas da demência nos idosos abrangem déficits no âmbito social, ocupacional, em funções cognitivas e em atividades instrumentais da vida diária. A demência é uma síndrome que se caracteriza pelo declínio da memória associado a déficit de, pelo menos, uma outra função cognitiva (linguagem, gnosias, praxias ou funções executivas) com intensidade suficiente para interferir no desempenho social ou profissional do indivíduo.

Como ocorre o diagnóstico de demência?

O diagnóstico etiológico da demência é baseado em exames clínicos com neurologista, laboratoriais e de neuroimagem, além da constatação de perfil neuropsicológico característico. Esse aspecto é particularmente importante para o diagnóstico diferencial das demências degenerativa. O diagnóstico de demência exige a constatação de deterioração ou declínio intelectual em relação à condição prévia do indivíduo. A comprovação do diagnóstico de demência depende de avaliação objetiva das funções cognitivas. A princípio, um exame abreviado e global é utilizado e, caso for detectado alguma alteração, testes mais específicos para cada habilidade cognitiva são empregados. Sendo assim, a avaliação neuropsicológica abreviada é constituída de testes.

Será que eu tenho demência?

Buscamos um inventário para auxiliar pessoas que gostariam de verificar se tem indicativo de déficit cognitivo ou demência. A OMS fez, recentemente uma lista que pode ser utilizada para isso.

Aspectos neuropsicológicos da demência no idoso. Clínica VTM Neurodiagnóstico, Tratamentos e diagnósticos neurológicos e em saúde mental.

Você pode acessar o questionário no link abaixo:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdudpZ7MvgOBhtn6EKRQBvChpkgsXLavNLQWjoFm1pCfLa6UQ/viewform

Como ocorre o miniexame do estado mental (MEEM)?

Inclui itens variados que, rapidamente, possibilitam examinar orientação temporal e espacial, memória, atenção e cálculo, linguagem, praxias e habilidades construtivas, ajudando na identificação de pacientes que devem ser submetidos à avaliação mais detalhada.

Como é o Teste do Desenho do relógio (Clock Drawing Test – TDR)?

Descrito na avaliação da disfunção do lobo parietal, este instrumento pode ter seus resultados interpretados qualitativamente, através da escala Clock Drawing Interpretation Scale, que perfaz 20 pontos, ao avaliar de forma simples, as funções visoespaciais, linguagem, capacidade de planejamento, praxia, memória, habilidade visuoconstrucional e função executiva. Servindo como rastreio para Alzheimer, tendo sido validado, apresentando sensibilidade de 86% e especificidade de 86,7% para a detecção da citada doença.

O que é o Teste de Fluência Verbal?

É uma avaliação que verifica a existência de prejuízo de memória semântica e nas estratégias de busca, relacionadas à função executiva.

Questionário de atividades funcionais (Pfe-ffer) serve para quê?

O instrumento visa detectar algum comprometimento nas tarefas diárias, sendo feito pela família do paciente.

A Escala para Depressão Geriátrica (EDG) pode ser utilizada em avaliações neuropsicológicas para demência?

Sim, é um instrumento que auxilia na identificação de sintomas depressivos, oferecendo medidas confiáveis. Em associação, é possível a utilização de outros testes, como o subteste “Span de Dígitos” da Escala de Inteligência de Adultos de Wechsler (WAIS), teste da reprodução visual de figuras da escala de memória de Wechsler.

A aplicação da bateria WAIS –III é indicada em suspeita de demência?

Sim, nesse caso, com a finalidade primordial da avaliação da memória e da inteligência de pessoas com suspeita de demência, medindo o grau de deterioração em relação a uma linha de base de capacidade cognitiva pré-mórbida. A utilização dos subtestes da WAIS-III na investigação de funções executivas é útil em apontar declínios. Dentre as vantagens observadas, destaca-se a reconhecida validade e confiabilidade da escala e a facilidade de comparação com outros estudos por se tratar de um instrumento amplamente difundido em nível internacional. A Escala Wechsler de Inteligência para Adultos (WAIS) é um instrumento flexível considerado padrão-ouro de avaliação intelectual.

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