A͞ Epilepsia é uma disfunção cerebral caracterizada pela ocorrência periódica e imprevisível de crises convulsiva que, por sua vez, constituem modificações temporárias do comportamento causadas pelo disparo desordenado, sincrônico e rítmico de vários neurônios. Tais modificações ocorrem devido a alterações encefálicas que geram hiperexcitabilidade e hipersincronismo da atividade neuronal, manifestando-se de diversas formas distintas, dependendo dos substratos neuronais envolvidos.
Sintomas e Diagnóstico de Epilepsia
Os sintomas da Epilepsia estão associados com as crises convulsivas. Durante a convulsão, a pessoa pode apresentar espasmos musculares, contrações rítmicas, desmaios, fadiga, amnésia, confusão mental, ansiedade, dor de cabeça e paralisia temporária após a convulsão. O diagnóstico é clínico e pode ter suporte de exames como a eletroencefalografia e o mapeamento cerebral com fotoestimulação
Tratamento de Epilepsia
O tratamento da epilepsia visando o controle das crises convulsivas é extremamente importante, pois, quando não tratada de maneira adequada, a repetição das crises poderá ocorrer em intervalos cada vez mais curtos. Os medicamentos anticonvulsivantes disponíveis atualmente não são capazes de promover a cura da doença, porém, são apropriados para controlar a repetição das crises convulsivas. Ainda é possível realizar estimulação magnética transcraniana para tratamento de epilepsia.
Tratamento de Epilepsia com Canabidiol
Na década de 60, o grupo de pesquisa do professor Raphael Mechoulam isolou os principais componentes da Cannabis
sativa e identificou suas estruturas químicas. Inicialmente, o composto que recebeu a maior atenção dos pesquisadores foi o THC, Δ-9-tetrahydrocannabinol, associado com efeitos psicoativos. Outros componentes também foram encontrados, um deles é o canabidiol (CBD), o principal composto não psicotrópico da Cannabis sativa, que constitui até 40% dos extratos da planta. As propriedades anticonvulsivantes do CBD são conhecidas pela ciência ocidental desde 1843. Alguns ensaios clínicos em 1980 demonstraram a atividade antiepilética da substância em pacientes com epilepsia refratária, apresentando apenas a sonolência como efeito adverso.
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Pesquisa Fonte: http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/v9n2a24.pdf