Na origem dos estudos sobre neuropsiquiatria, existiam duas maneiras de investigar os transtornos em si, os localizacionistas e os holistas.
Localizacionistas
Os Localizacionistas fundamentam a teoria de que diferentes funções intelectuais e motoras estariam associadas às atividades de estruturas neurais especificas (RODRIGUES, 2015). Em outras palavras, o método clínico-patológico estabeleceria relação entre os sintomas consequentes de lesões cerebrais com a localização de regiões do Sistema Nervoso Central (CAROPESO, 2008). Segundo Caropeso (2008), na concepção Localizacionista o efeito de lesões no cérebro está associado com a perda de função da área lesionada. Nessa Teoria seria possível inferir a localização da lesão a partir do sintoma, assim como verificar a probabilidade de existência de determinado quadro clínico específico a partir da localização de lesão.
Holistas
Por outro lado, a Teoria Holista propunha a participação do cérebro como um todo para realizar funções mentais distintas (RODRIGUES, 2015). As pesquisas realizadas com animais mostravam que não havia evidência para a localização de estruturas encefálicas associadas a funções mentais
especifica (RODRIGUES, 2015). Outros achados também defendem que a Teoria Holista mostra fundamentação quanto ao envolvimento global de estruturas cerebrais e conexões entre as regiões do cérebro para realização de determinadas funções. Para VTM Neurodiagnóstico ambas as linhas são complementares entre si. Ou seja, tanto a análise da localização principal de lesões ou acometimentos, quanto uma visão mais holista, sobre as conexões e estruturas que possam estar sendo comprometidas são essenciais para o processo diagnóstico e ao tratamento do paciente.
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