Esta realidade talvez esteja longe de você, mas cerca de 6 milhões de brasileiros já experimentaram cocaína e derivados ao menos uma vez na vida. E mesmo que os especialistas afirmem que é necessário mais do que uma única experiência para que o usuário se vicie, o alto número ainda pede atenção. Isso porque, tornar-se um dependente químico pode ser um processo rápido e fácil. Difícil, contudo, é traçar o caminho de volta.
A interrupção abrupta do consumo de uma droga costuma provocar uma intensa sensação de depressão. Além do mal estar e da apatia, o estado de desconforto é tanto, que o paciente só enxerga no vício a chance de voltar a se sentir como antes, melhor e mais motivado novamente. Surgem daí as recaídas. Hoje, estima-se que a taxa de sucesso dos tratamentos de desintoxicação, baseados em medicamentos, gire em torno de 25% a 30%. Um índice considerado relativamente baixo.
Nesse sentido, a neurociência já deu um passo importante. Ao buscar novas formas de intervenção que ajudassem na redução dos sintomas de abstinência durante o processo de desintoxicação, encontrou na técnica de estimulação magnética transcraniana (EMT) uma solução eficaz.
Conheça a técnica de estimulação magnética transcraniana
Por meio da variação de um campo magnético, a estimulação magnética ativa regiões do cérebro que estão envolvidas no controle inibitório de comportamentos compulsivos – como o uso de cocaína, por exemplo. Ao modificar e equilibrar essas áreas, a técnica promove um aumento da atividade neuronal, estimulando o cérebro a dominar a dependência e ajudando os pacientes a se absterem das drogas.
Além de trazer mais efetividade do que os medicamentos geralmente prescritos na luta contra a dependência química, estudos recentes mostram que a estimulação magnética tem resultados positivos, com pelo menos 70% dos pacientes com uma boa resposta após as sessões de EMT. O método é também um procedimento seguro, o que é fundamental na busca por novas alternativas médicas contra o vício.
Os principais benefícios da EMT
– É uma técnica não invasiva, que pode ser realizada no próprio consultório médico.
– Produz um campo magnético mais focal, dando um controle maior sobre a área estimulada.
– É indolor, sem necessidade de anestesia.
– Quase ausência de efeitos colaterais. É extremamente segura, não traz danos aos órgãos, como medicamentos podem causar.
– A única restrição é para pessoas com dispositivos eletrônicos ou metálicos na cabeça, principalmente implante coclear. O campo magnético pode de alguma forma interferir no funcionamento do aparelho.
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