Atualmente a depressão é o principal foco de uso clínico da estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr). Essa técnica é uma opção de tratamento eficaz, segura e comprovada para pacientes com transtorno depressivo maior resistente ao tratamento (MDD). A taxa de sucesso é alta, cerca de 65-70%. O mecanismo pelo qual a EMTr pode induzir seu efeito na depressão é através da indução de potenciais de ação na região do cérebro-alvo. Pulsos elétricos repetidos causam alterações nas conexões sinápticas nas regiões alvo específicas e aumentam ou diminuem a atividade das regiões cerebrais alvo para normalizar a atividade. Estudos sugerem que a provável causa da depressão é uma diminuição da atividade no córtex pré-frontal (CPF) esquerdo. Dessa maneira, o uso da EMTr de alta frequência no CPF esquerdo (ou da EMTr de baixa frequência no CPF direito) balancearia a atividade das duas áreas e, portanto, acarretaria uma melhora clínica. Como a EMTr permite, de maneira não invasiva e indolor, a neuromodulação focal da atividade cortical, diversos estudos mostraram que a EMTr pode melhorar a depressão em pacientes resistentes às drogas antidepressivas, com poucos e leves efeitos colaterais. As diretrizes do CANMAT (Canadian Network for Mood and Anxiety treatments) endossaram protocolos específicos (EMTr de alta frequência para CPF esquerdo e EMTr de baixa frequência para CPF direito) como opções de primeira linha para indivíduos que não responderam a um antidepressivo. Nesta mesma diretriz a eletroconvulsoterapia seria um tratamento de segunda linha para pacientes com depressão resistente ao tratamento farmacológico, embora em algumas situações como na depressão psicótica possa ser considerada de primeira linha. Magnetoconvulsoterapia e Estimulação Invasiva Profunda (DBS), embora ferramentas muito promissoras, ainda existem diversas pesquisas mostrando descobertas inovadoras!
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