De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016), 50-75% dos indivíduos com idade entre 18-65 anos tiveram pelo menos uma crise de dor de cabeça por ano no mundo, 30% relatam ataques de enxaqueca. A enxaqueca é um dos mais de 150 tipos de cefaleia, ou seja, a famosa “dor de cabeça“.
Pacientes com enxaqueca apresentam comprometimento cognitivo leve, principalmente no que diz respeito à atenção; memórias visuoespaciais e verbais; velocidade de processamento; e funções executivas. Embora o pior desempenho em testes cognitivos ocorra durante ataques de enxaqueca, esses problemas de memória também permanece nos períodos em que a enxaqueca não ocorre.
Por causa da sobreposição que existe entre os substratos neuroanatômicos e neuroquímicosenvolvidos na dor e na cognição, o processamento da dor compete com o funcionamento cognitivo, afetando assim o desempenho da memória. Desta forma, a dor afeta ambos codificação e recuperação de memória.
Como a enxaqueca é diagnosticada?
Segundo diretrizes globais da Sociedade Internacional de Cefaleias (Headache International Society) – pacientes podem ser enxaquecosos quando mostram mais de cinco crises de cefaleia com duração de 4 a 72 horas com pelo menos uma das seguintes características: cefaleia unilateral e/ou pulsátil; dor moderada a intensa; impossibilidade de praticar atividades ocupacionais ou físicas; náusea, fotofobia ou intolerância a sons altos.
Por sua vez, há a enxaqueca com aura, com pelo menos 2 crises com os seguintes sintomas: presença de pontos luminosos na visão; dificuldade de enxergar; dormência, formigamento ou fraqueza.
Quais são os tratamentos para enxaqueca crônica?
Tratamento agudo – ocorre no início de uma crise de enxaqueca leve com prescrição de analgésicos ou anti-inflamatórios, de acordo com a indicação médica.
Tratamento preventivo – é realizado através da análise do diário da cefaleia, o qual objetiva verificar possíveis deflagadores da causa da enxaqueca. Para sequencialmente, agir na causa da enxaqueca.
Tratamentos crônicos – realizados com prescrições específicas de medicamentos, seja com o uso de toxina botulínica ou via oral. Por sua ve ainda há a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT). A EMT técnica não invasiva, de uso diagnóstico e terapêutico, que usa campos magnéticos para estimular pequenas regiões do cérebro por indução letromagnética através de um gerador, ou “bobina”, colocado próximo da cabeça do paciente.
Pingback: Cefaleia ou enxaqueca, eis a questão... - VTM NEURODIAGNÓSTICO