A frequência dos sintomas psicóticos parece aumentar com o processo de envelhecimento. Para cada 5 anos na terceira idade, há um aumento de 11% na incidência de sintomas psicóticos. Essa alta prevalência é notável, especialmente em pacientes com distúrbios neurocognitivos; este grupo é chamado sintomas comportamentais e psicológicos da demência. Esse é um grupo de manifestações heterogêneas que surgem no curso da demência e estão relacionadas a mudanças na percepção, conteúdo do pensamento, humor ou comportamento. Os possíveis sintomas incluem delírios, alucinações, fala incoerente e agitação. O idoso afetado geralmente não percebe que seu comportamento está alterado.
Os sintomas psicóticos apresentaram alta frequência em quadros demenciais das mais variadas etiologias. A alta prevalência demonstra a importância da investigação clínica e o uso de escalas que abordam sintomas psicóticos em pacientes com condições neurocognitivas, independentemente da etiologia ou gravidade. Todavia, há uma variação elevada da frequência de sintomas psicóticos em demência. Por isso, a sugestão é realizar exame clínico com neuropsiquiatria e ou exames neuropsicológicos para verificar quais possíveis déficits a neurodegeneração possa estar atuando e, assim, estabelecer estratégias precoces para manutenção das funções neuropsicológicas.
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