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Conectividade Cerebral é reduzida em Transtorno Obsessivo-compulsivo. VTM Neurodiagnóstico: Tratamentos e Diagnósticos em Neurologia e Saúde Mental

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e o cérebro

O que é o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um transtorno de saúde mental. tipicamente crônico, caracterizado por pensamentos intrusivos e perturbadores (obsessões) e comportamentos repetitivos (compulsões) que a pessoa se sente impelida a realizar. A prevalência populacional ao longo da vida é de cerca de 1–3%.

O que ocorre no cérebro de pessoas com TOC?

Os pacientes entendem que esses sintomas compulsivos são irracionais, desnecessários, mas não conseguem controlá-los ou se livrar deles, levando à ansiedade e dor. Além disso, o TOC é caracterizado por intensa excitação emocional e deficiências do controle executivo. Esses dois mecanismos são influenciados mutuamente e são responsáveis ​​pela manutenção do ciclo obsessivo-compulsivo.

Embora o mecanismo fisiopatológico exato do TOC não seja totalmente compreendido, atualmente existe correlação negativa com a conectividade funcional cerebral. Esse transtorno mostra alterações no circuito córtico-estriato-tálamo-cortical, que inclui alguns nódulos principais de substância cinzenta, como o orbitofrontal córtex, córtex pré-frontal dorsolateral, córtex cingulado anterior, corpo estriado e tálamo, como mostra uma recente pesquisa publicada na Frontiers in Psychiatry.

Quais são os tratamentos e como ocorre o diagnóstico de TOC?

O diagnóstico precisa ser realizado por um médico da Saúde Mental através de critérios previamente estabelecidos pela área para avaliar clinicamente o paciente. Além disso os tratamentos podem ser feitos através de psicoterapia, medicamentos e de estimulação cerebral, que pode ser passiva ou ativa.

Estimulação cerebral ativa

É realizada através de técnicas neuromodulórias autorregulatórias, como o Neurofeedback, que pode ser realizado com um biofeedback. Esse método utiliza marcadores da função cerebral através do monitoramento em tempo real com eletroencefalografia (EEG) e mapeamento cerebral, enquanto o paciente recebe estímulos eternos que causem neuromodulação e necessita de um número considerável de aplicações combinadas com psicoterapia.

Estimulação cerebral passiva

A estimulação cerebral passiva é realizada através de Estimulação Magnética Transcraniana. Existem diversas técnicas de EMT, aplicadas para diferentes objetivos, que, por serem consideradas seguras, se tornaram úteis para a neurologia clínica, já que a prática tem capacidade de mapear o córtex cerebral e estabelecer sua excitabilidade. Por outro lado, para TOC a EMT repetitiva (EMTr), mais poderosa e relativamente com riscos maiores que EMT de pulso único, consiste na aplicação de estímulos magnéticos em intervalos regulares. Ela possui capacidade para bloquear ou facilitar as estruturas corticais, dependendo da área de aplicação e da intensidade dos estímulos. Esse tratamento da Neurologia é aprovado pela FDA. Em relação aos efeitos colaterais, a reação adversa mais frequente relatada é uma cefaleia leve aguda que dura alguns minutos após o tratamento.

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