No mundo, cerca de 50 milhões de pessoas sofrem com a epilepsia, doença complexa, que ainda não tem origem, nem cura definidas.
Como na maioria dos casos envolvendo pacientes com distúrbios neurológicos, a dificuldade no diagnóstico é ainda uma barreira persistente aos pacientes com epilepsia. Mas, com a identificação correta do problema e tratamento adequado, eles podem e devem levar uma rotina normal, sem limitações a sua qualidade de vida!
Epilepsia e o canabidiol
Diversos estudos têm demonstrado o potencial do canabidiol na diminuição da frequência de crises convulsivas entre pacientes com epilepsia. Assim, desde março de 2016, a Anvisa autorizou a prescrição e a importação de medicamentos e produtos à base da substância no país.
Avanços nesse sentido são fundamentais na medicina, principalmente se lembrarmos que hoje, no Brasil, 600 mil crianças são portadoras de epilepsia grave, e não respondem mais ao uso dos anticonvulsivantes tradicionais.
Nesse sentido, uma nova intervenção surge também como um complemento eficaz no alicia dos sintomas da doença: a estimulação magnética transcraniana (EMT).
Além de trazer menos efeitos colaterais, a técnica tem resultados positivos, com boa melhora na incidência das crises epilépticas. O método é também seguro, o que é fundamental na busca por novas alternativas médicas.
Conheça a estimulação magnética transcraniana
Por meio da variação de um campo magnético, a técnica inibe as regiões do cérebro associadas aos episódios epilépticos. Ao modificar e equilibrar essas áreas, ela promove a diminuição da atividade neuronal, organizando as atividades cerebrais e ajudando a reduzir a frequência das crises.
No Brasil, a estimulação magnética é liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2006 e recomendada pelo Conselho Federal de Medicina para o tratamento de depressão e esquizofrenia desde 2012. Além disso, sua utilidade terapêutica para outros distúrbios neurológicos, como a epilepsia, já vem sendo apontada em diversos artigos e pesquisas.
Indicações e contraindicações da EMT
– É um método indolor e não invasivo, que pode ser realizado no próprio consultório médico, sem necessidade de anestesia ou internação.
– É reservada para casos em que a medicação não surte efeito ou que o uso dos medicamentos provoca grande efeito colateral.
– Quase ausência de efeitos colaterais. Extremamente segura, não traz danos ou toxicidade aos órgãos, como medicamentos podem causar.
– Pessoas com dispositivos eletrônicos ou metálicos na cabeça, principalmente implante coclear, não devem fazer as sessões. O campo magnético pode de alguma forma interferir no funcionamento do aparelho.