A Doença de Parkinson é resultado de complexas interações entre fatores genéticos e ambientais. Mas, ainda assim é possível prevenir alguns dos seus fatores de riscos.
Embora normalmente associada a tremores e dificuldades motoras, a Doença de Parkinson é uma doença progressiva, que causa a degeneração do sistema nervoso central, devido à morte prematura de neurônios. Atualmente, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas sofram com o problema em todo mundo. No Brasil, esse número chega aos 200 mil.
Com o seu diagnóstico, a primeira informação que se recebe é de que a doença não tem cura. Porém, ela não chega a ser fatal. Ainda que as complicações motoras e neurológicas possam limitar a rotina e a independência, quanto mais cedo identificado o problema, maior a expectativa de vida dos pacientes.
Medidas simples ajudam a prevenir à Doença de Parkinson
– Diminuir a exposição a pesticidas, herbicidas e produtos químicos, como solventes.
– Manter uma alimentação saudável, com substâncias antioxidantes que reduzem a formação de radicais livres. Um exemplo são os flavonoides, presentes nos chás, morango, laranja e vinho tinto.
– Praticar atividades físicas para redução da pressão arterial e dos riscos de diabetes.
– Reduzir o uso de determinados medicamentos, como: haloperidol, pimozide, metoclopramida, cinarizina, flunarizina, reserpina e alfametildopa.
– Para motociclistas e pugilistas, usar capacetes e proteção facial.
Tratamento complementar para alívio dos sintomas
No tratamento convencional, baseado no uso crônico de remédios, complicações costumam aparecer após 5 ou 10 anos. Mas uma nova intervenção surge como um complemento eficaz na luta contra o Parkinson: a estimulação magnética transcraniana (EMT).
Além de trazer menos efeitos colaterais, estudos recentes mostram que a técnica tem resultados positivos, com boa melhora nos sintomas de rigidez, discinesia e depressão. É também um procedimento seguro, o que é fundamental na busca por novas alternativas médicas.
Conheça a estimulação magnética transcraniana (EMT)
A Doença de Parkinson ocorre quando uma área do cérebro conhecida como substância nigra se torna deficiente. Isso compromete a produção da dopamina, composto que ajuda a conduzir os sinais elétricos que controlam os movimentos do corpo.
Ao ativar essas regiões por meio da variação de um campo magnético, a estimulação magnética modifica e equilibra as atividades cerebrais, promovendo um aumento da atividade neuronal e da produção de dopamina. Como consequência, há uma melhora importante nos sintomas da doença, assim como na qualidade de vida e independência do paciente.
No Brasil, o tratamento é liberado pela Anvisa desde 2006 e recomendado pelo Conselho Federal de Medicina para o tratamento da depressão e da esquizofrenia desde 2012. No entanto, sua utilidade terapêutica para outros distúrbios neurológicos, como a Doença de Parkinson, já vem sendo apontada em diversos estudos e pesquisas.
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