“Ninho Vazio” é o termo frequentemente usado para designar o momento no qual o último filho deixa a casa da família para conquistar sua independência, seja pessoal, seja financeira ou outra. A Síndrome do Ninho Vazio é o mal-estar psicológico de mães e/ou pais ao verem seus filhos deixando a casa; e, Ninho Vazio é o período emocional associado com a mudança de papel desses familiares.
Psicólogos e médicos da Saúde Mental acreditam que ambos os termos estejam inadequados e que deveria ser adotado o nome “pós-paternidade”, pois representaria melhor a fase pela qual as mães e/ou pais estariam passando. Muitas vezes esse período envolve sofrimento ou a necessidade de tratamento caso esse período perdure e vire uma depressão.
O que pode agravar o sofrimento e a Síndrome do Ninho Vazio?
A Síndrome do Ninho Vazio pode ser agravada por condições genéticas, uma vez que 40% dos transtornos associados com depressão têm esse como um dos principais fatores. Assim como a regulação bioquímica cerebral, já que a Síndrome pode afetar a liberação de Noradrenalina, Serotonina e Dopamina – tais substâncias estão envolvidas na regulação de comportamento, apetite, sono e humor. Por último passar por outros eventos estressantes associados com a Síndrome pode agravar o quadro clínico e desencadear episódios depressivos no pai ou na mãe que esteja com esse transtorno.
Quais os tratamentos para Síndrome do Ninho Vazio?
Inicialmente, a psicoterapia é a maneira mais adequada para lidar com a Síndrome do Ninho Vazio. Porém, caso seja diagnosticada a depressão, o tratamento pode se tornar medicamentoso ou, ainda, existem opções de tratamentos não farmacológicos, como a Estimulação Magnética Trancraniana, chamada de EMT.
A EMT uma técnica não invasiva, de uso diagnóstico e terapêutico, que usa campos magnéticos para estimular pequenas regiões do cérebro por indução eletromagnética através de um gerador, ou “bobina”, colocado próximo da cabeça do paciente. Atualmente é um dos tratamentos mais recomendados para outros tipos de depressão, especialmente, casos crônicos e com resistência aos medicamentos antidepressivos.
Saiba mais em https://www.scielo.br/pdf/rpc/v36n3/v36n3a05.pdf