Emulsificantes dietéticos, comumente encontrados em alimentos processados para melhorar a textura e estender a vida útil, podem afetar negativamente os comportamentos sociais e a ansiedade. Um recente estudo mostrou que não só muda, como ocorrem diferenças sexuais nos padrões de comportamento. Investigações anteriores mostraram que os emulsificantes podem causar inflamação intestinal de baixo grau ao alterar a composição da microbiota intestinal. Outras pesquisas relacionam o consumo de emulsificantes à obesidade, síndrome metabólica e doenças inflamatórias intestinais, como colite. Tais condições de aumentaram significativamente desde meados do século XX. No mesmo período, também houve um aumento na incidência de distúrbios comportamentais, como o autismo, levando os cientistas a teorizar que a função cerebral também pode ser afetada pela exposição ambiental a substâncias químicas modernas.
No recente estudo, os pesquisadores adicionaram um dos dois emulsificantes comumente usados, polissorbato 80 e carboximetilcelulose, à água potável de ratos machos e fêmeas. Após 12 semanas, eles observaram que o tratamento com emulsificantes alterou a microbiota intestinal de machos e fêmeas de maneiras diferentes. Os pesquisadores descobriram que os emulsificantes alteraram o comportamento semelhante à ansiedade em ratos machos e reduziram o comportamento social em fêmeas.
Aditivos alimentares precisariam ser avaliados pelos efeitos sobre o microbioma, ligada a muitos aspectos da saúde humana. A saúde intestinal e a cerebral estão interligadas. Existem mecanismos comuns que conduzem epidemias paralelas de obesidade, condições inflamatórias intestinais e distúrbios comportamentais.