Avanços tecnológicos em tratamentos com neuromodulação cerebral

Técnicas de neuromodulação não invasivas constituem, atualmente, uma abordagem terapêutica promissora para a reabilitação de diversos problemas de saúde física ou mental. Uma das terapias mais frequentes é a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) (em inglês: Transcranial direct-current stimulation — tDCS). Essa é uma neuroestimulação que utiliza corrente elétrica baixa e contínua emitida diretamente na área cerebral de interesse, através de pequenos eletrodos sobre o couro cabeludo.

O procedimento foi desenvolvido inicialmente para ajudar pacientes com lesões cerebrais, como derrames. Porém, testes em adultos saudáveis demonstraram que a técnica pode aumentar a performance cognitiva e física em diversas tarefas, dependendo da área do cérebro que é estimulada.

Por exemplo, um recente estudo (figura) teve como objetivo examinar os efeitos da ETCC para melhora de força dos músculos intrínsecos do pé, cinestesia passiva do tornozelo e equilíbrio estático. Após 20 minutos de ETCC, em efeito agudo de sessão única, esse método pode melhorar a força flexora do primeiro dedo do pé. Além disso, a cinestesia passiva do tornozelo e o desempenho do equilíbrio estático em pé melhoraram.

A terapia clínica utiliza a ETCC em diferentes problemas neurológicos, como doença de Parkinson, zumbido, fibromialgia e déficits motores pós-AVC. Em um estudo, pacientes com dificuldades de fala devido a AVC exibiram grande melhoria numa terapia baseada em ETCC, com a melhora se mantendo no reteste, uma semana depois. A terapia de estimulação também pode ser desenvolvida eficazmente para o tratamento de vários distúrbios psicológicos como depressão, transtorno da ansiedade, e esquizofrenia. Pesquisadores também consolidaram aplicações para melhoria de foco e concentração. Caso tenha interesse nessa terapia procure um profissional da Saúde gabaritado para avaliação e tratamento.

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