Ácidos graxos poliinsaturados e antioxidantes são mediadores essenciais para o Sistema Nervoso Central. Segundo Freitas e colaboradores (2017) os derivados lipídicos podem controlar a produção de agentes pró-inflamatórios e regular a atividade do NF-κB, a ativação da microglia e a oxidação dos ácidos graxos.
Ainda, Freitas et al. (2017) indica que antioxidantes, como a glutationa e o ascorbato, mostraram por meio de receptores transmissores proteger contra o estresse oxidativo agudo e crônico, modulando a atividade de diferentes vias de sinalização.
Qual a importância da nutrição na Neuropsiquiatria?
O papel desses nutrientes no cérebro de jovens e idosos é fundamental em doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson, e durante o envelhecimento do cérebro devido a distúrbios metabólicos mediados por adiposidade e inatividade física, inflamação crônica e estresse oxidativo.
Especialmente, em casos especiais de doenças neurológicas ou da Saúde Mental, o papel de adiposidade, ácidos graxos, antioxidantes e inatividade física na fisiopatologia do cérebro e nos mecanismos moleculares da senescência é impactante. Como a necessidade de nutrição específica com antioxidantes endógenos e dietéticos para a manutenção do estado redox e o controle da sinalização neuroglial sob estresse é benéfico ao tratamento. Freitas et al. (2017) sugerem que os ácidos graxos ômega-3 e -6 atuam de forma competitiva para gerar mediadores para o metabolismo energético, influenciando o comportamento alimentar, a plasticidade neural e a memória durante o envelhecimento. Encontrar recursos dietéticos e terapeuticos que mitiguem ou previnam as afecções neurodegenerativas continua a ser um grande desafio e requer esforço adicional de médicos e nutricionistas da área da Neuropsiquiatria.
Freitas, H.R.; Ferreira, G.D.C.; Trevenzoli, I.H.; Oliveira, K.D.J.; De Melo Reis, R.A. Fatty Acids, Antioxidants and Physical Activity in Brain Aging. Nutrients 2017, 9, 1263. https://doi.org/10.3390/nu9111263