Ao primeiro sinal de dor você prefere apelar para o Dr. Google e a automedicação?
É verdade que a disponibilidade de informações sobre saúde na internet vem estimulando cada vez mais pessoas a buscarem online por um diagnóstico para os problemas que apresentam. No Brasil, por exemplo, sete em cada dez pessoas fazem a automedicação, sendo que 40% delas utilizam pesquisas em sites para escolher a forma como vão aliviar os seus sintomas.
Mas ainda que buscar conhecimento em sites confiáveis – como os das sociedades médicas e instituições públicas – seja válido para enriquecer o diálogo entre médicos e pacientes, essa atitude pode assustar e sugestionar tratamentos equivocados. Induz, ainda, à automedicação, que pode trazer consequências graves, como a intoxicação por medicamentos, crises de estresse e ansiedade.
Automedicação e a dor de cabeça crônica
Por exemplo, o hábito da automedicação pode ter consequências graves para quem sofre com dores de cabeça. Isso porque, quando usados de forma excessiva, os analgésicos podem intensificar as dores, tornando diários episódios eventuais.
No caso da enxaqueca, é muito comum que pacientes que fazem uso excessivo de remédios por conta própria – mais de duas vezes na semana – apresentem cefaleia crônica todos os dias, com aumento da intensidade e da frequência das dores.
E preocupa o número de adeptos da prática. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em todo mundo, cerca de 50% das pessoas que têm dor de cabeça se automedicam, enquanto apenas 10% procuram um neurologista para tratar o problema.
Hipocondria e automedicação
A prática da automedicação pode ainda ser mais perigosa para pessoas já diagnosticadas com hipocondria, a crença infundada de que se padece de uma doença grave. Só no Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem com o problema.
Ao utilizarem a internet para se informarem, se fixam somente nos aspectos mais negativos e ameaçadores, desenvolvendo ainda mais sua ansiedade e obsessão. Uma simples mancha pode virar um câncer, por exemplo.
Por isso, atenção! A internet pode ser um instrumento útil para obter mais informações sobre certas condições, mas nunca deve substituir a consulta com um especialista médico!