Senso Comum é subjetivo e heterogêneo porque está associado com um conhecimento provido de uma herança fecunda de determinado grupo social e de experiências continuamente realizadas (DOMINGOS et al., 2007); baseia-se em fontes do conhecimento associadas com tradições, cultura, intuição e autoridade. Qualifica e é generalista porque o adquirimos através de “tentativa e erro” e estabelecemos associações, realizamos julgamentos e criamos convicções a partir das nossas experiências e do grupo social.
Mas, será que nós mesmos não temos um “senso comum” sobre nós mesmos?
Como diria Luijpen, “existir é coexistir” – essa frase pode significar diversas coisas, incluindo a concepção de senso comum que temos sobre nós mesmos. Em geral na psicologia, a coexistência expressa que o ser humano não está totalmente em um só nível de sua própria existência. Nenhum aspecto do ser humano é o que é sem que nele outros seres humanos estejam presentes, de acordo com a fenomenologia da existência. Ser-humano e ser-por-outros é uma característica essencial que pode trazer compreensão mais aprofundada de alguém que vive e pensa.
Fenomenologia clínica como estudo da própria experiência subjetiva
“Terapia é a procura, via poiesis, pela verdade que liberta para a dedicação ao sentido” (POMPEIA, 2000). As práticas de psicoterapias em fenomenologia caracterizam-se como uma prática hermenêutica que desvela o ‘sentido do ser’ ao mesmo tempo em que põe este sentido sobre os seus cuidados, sendo que esse cuidado passa inevitavelmente pelo cuidado com a linguagem, ou seja, com a comunicação (COLPO, 2013).
#fenomenologia #sensocomum #psicologia #saudemental #existencia #analisedaprópriaexistencia #psicoterapia