O Olhar Psicanalítico acerca do Transtorno do Espectro Autista – TEA

Os primórdios da psicanálise datam de 1882, quando o médico Sigmund Freud interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos, começa um método de análise de processos mentais. Apesar de sua importância incontestável, quando tratamos de Transtorno do Espectro Autista, somente em Lacan, esse distúrbio ganha a teorização própria. Jacques Lacan, Jean Claude Maleval, Marie Christine Laznik, Alfredo Jerusalinsky e Maria Cristina Kupfer são os principais teóricos que tratam do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O que os referenciais em Psicanálise falam sobre tratamento para TEA?

Esses autores destacam os riscos dos diagnósticos precoces e normativos sem considerar a singularidade da criança e sua condição de sujeito em constituição. Por isso, é necessário consultar um médico para avaliação clínica das singularidades associadas com o TEA. Segundo Santos et al. (2020) a Psicanálise acredita que a nomeação do indivíduo como “autista” conduz a efeitos subjetivantes e pode produzir marcas direcionadas para contramão do tratamento, no sentido de cristalizar o sujeito, ao invés de produzir aberturas no laço com o outro. Quanto ao tratamento, a psicanálise indica importância da articulação coletiva na defesa do compartilhamento entre pessoas que mostram TEA e do trabalho com grupos em diferentes contextos, favorecendo a diluição da transferência no trabalho com o grupo com TEA.

Tratamentos combinados para TEA

A análise dos processos mentais em associação através da psicoterapia com outros tratamentos para aumento do autoconhecimento e melhora dos aspectos cognitivos, motores e emocionais traz o advento de métodos de tratamentos combinados em razão das necessidades e potenciais individuais de pessoas que apresentam TEA. Desde a realização da psicoterapia até terapia ocupacional, fonoaudiologia e fisioterapia. As novas tecnologias trazidas pela Neurologia para avaliação através de mapeamento cerebral, intervenção com Estimulação Magnética Transcraniana ou Neurobiofeedback (NFB) e monitoramento cerebral com NFB trazem segurança e eficácia de novas neuromodulações cerebrais associadas com o aumento da capacidade de sociabilização, interação, aumento de controle de impulsos, redução de padrões repetitivos e ritualísticos, entre outros efeitos positivos.

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