Suspeita de Alzheimer, o que fazer?!

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento dos indivíduos. É a causa mais comum de demência entre pessoas idosas, caracterizando-se pela deterioração contínua das funções cognitivas, levando a alterações significativas na personalidade e no comportamento do paciente. Embora a causa exata da doença de Alzheimer permaneça desconhecida, acredita-se que seja o resultado de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida que afetam o cérebro ao longo do tempo.

Quais os principais sintomas da Doença de Alzheimer?

Os sintomas da doença de Alzheimer variam e se intensificam progressivamente, começando muitas vezes de forma sutil e tornando-se mais severos ao longo do tempo. Aqui estão os sintomas mais comuns:

Perda de Memória: Dificuldade em lembrar de informações recentemente aprendidas é um dos primeiros sinais. Com o avanço da doença, a perda de memória se agrava, afetando a capacidade de lembrar de eventos importantes, datas e, eventualmente, informações sobre si mesmo.

Dificuldades com Tarefas Familiares: Problemas em realizar tarefas diárias, como usar um telefone, operar um micro-ondas ou dirigir para um local familiar.

Desorientação de Tempo e Espaço: Perda da noção de datas, estações e passagem do tempo. Pode haver confusão sobre onde estão e como chegaram lá.

Dificuldades com Palavras: Problemas em acompanhar ou participar de conversas, parar no meio da conversa e repetir-se frequentemente.

Julgamento Diminuído: Mudanças no julgamento ou tomada de decisão, como cuidar menos da higiene pessoal ou dar grandes quantias de dinheiro a televendas.

Mudanças de Humor e Personalidade: Pessoas com Alzheimer podem sofrer rápidas mudanças de humor, de calmas a chorosas ou irritadas sem uma razão clara. Eles também podem se tornar confusos, desconfiados, deprimidos ou ansiosos.

Retraimento Social: Afastamento do trabalho, passatempos sociais, atividades esportivas ou hobbies, com desinteresse aparente em atividades anteriormente prazerosas.

Alterações Visuais e Espaciais: Dificuldade em ler, julgar distâncias e determinar cor ou contraste, o que pode afetar a capacidade de dirigir.

É importante notar que muitos desses sintomas podem ser causados por outras condições de saúde ou mudanças relacionadas à idade que não são tão graves quanto a doença de Alzheimer. Portanto, é crucial buscar a avaliação de um profissional de saúde para um diagnóstico correto e oportuno, permitindo o início de tratamentos que podem ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Qual médico eu consulto e qual exame eu posso fazer para verificar o diagnóstico?

O especialista mais indicado para lidar com a doença de Alzheimer é um neurologista, que é o médico especializado em doenças do sistema nervoso. Em alguns casos, também pode ser útil consultar um geriatra, que se especializa nos cuidados de saúde de idosos, ou um psiquiatra, especialmente se houver preocupações significativas com o comportamento ou saúde mental.

Para diagnosticar a doença de Alzheimer, o médico pode utilizar uma combinação de métodos, incluindo:

Avaliação Clínica: Discussão sobre os sintomas, histórico médico pessoal e familiar, e uma avaliação do estado mental para testar a memória, a capacidade de resolver problemas e outras habilidades cognitivas.

Exames Físicos e Neurológicos: Para verificar a saúde geral e o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso.

Exames de Sangue: Podem ser feitos para descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes, como deficiências vitamínicas ou problemas de tireoide.

Imagens do Cérebro: Exames como ressonância magnética (RM), tomografia computadorizada (TC) ou tomografia por emissão de pósitrons (PET) podem ser usados para verificar se há atrofia cerebral, particularmente no hipocampo (área do cérebro essencial para a memória), ou para descartar outras causas para os sintomas, como tumores ou acidente vascular cerebral (AVC).

Testes Neuropsicológicos: Avaliam detalhadamente a capacidade de falar, escrever, lembrar informações, resolver problemas e outras habilidades.

Biomarcadores: Em alguns casos, podem ser usados exames para detectar biomarcadores da doença de Alzheimer no líquido cefalorraquidiano (obtido através de punção lombar) ou através de exames de sangue para verificar Beta Amilóide e proteína Tau, como o PrecivityAD2, por exemplo, que podem indicar a presença de placas amiloides ou emaranhados de tau, que são características da doença.

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