A comunicação verbal é essencial na sociedade em que vivemos, separamos aqui quatro problemas associados com danos neurológicos de linguagem, veja:
Apraxia de fala
É um distúrbio motor da fala, caracterizado pela dificuldade de programação e planejamento das sequências dos movimentos motores da fala, resultando em erros de produção dos sons. As causas mais frequentes são tumores cerebrais e doenças neurodegenerativas, que provocam uma piora gradual do cérebro e do sistema nervoso.
Afasia não fluente
Pessoas com afasias não fluentes podem entender o que as outras pessoas dizem melhor do que podem se expressar. Os pacientes geralmente estão conscientes das suas dificuldades em se comunicar e podem ficar frustrados e irritados. As afasias não fluentes podem apresentar combinado ao quadro do comprometimento da fala fraqueza ou paralisia do lado direito do corpo. As causas são associadas com abscessos cerebrais, traumas de crânio, esclerose múltipla e outras doenças neurodegenerativas. O tamanho da lesão cerebral e o tipo de doença de base determinam o grau de deficiência da linguagem.
Afasia semântica
Essa afasia deriva da falência das sínteses simultâneas associada a lesões cerebrais que afetam a capacidade de coordenar informações multissensoriais, associadas com a percepção do mundo (audição, paladar, olfato, visão, equilíbrio). A afasia semântica é causada principalmente por danos no hemisfério esquerdo que não afetam área de Broca ou de Wernicke. Geralmente ocorre depois de um ferimento na cabeça e também na doença de Alzheimer.
Afasia lagopênica
A fala de sujeitos com essa afasia é marcada por hesitações constantes, com pausas longas, repetições patológicas de sentenças e dificuldades de escolhas fonológicas, está associada a danos do lobo temporal esquerdo e é frequente em casos de Alzheimer.
Quando não tratado, a análise longitudinal de problema de afasia permite observar modificação negativa dos sintomas – por exemplo, no caso da lagopênica, existe aumento do número de repetições (na fala, escrita e leitura) e com alteração de sua forma de ocorrência (na leitura). Essas modificações surgem de uma relação inversamente proporcional entre fluência de fala e avanço da doença, em que a fluência tende à deterioração.
Tratamentos
Os tratamentos são dependentes do diagnóstico de doenças associadas com o transtorno da comunicação e preconizam a ação interdisciplinar entre o neurologista e o profissional de fonoaudiologia para que o resultado seja maximizado através da necessidade real do paciente. As intervenções podem incluir novas tecnicas neuromodulatórias como o TDCs e exercícios específicos guiados pela fonoaudióloga para o acometimento.
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